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SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DE CRISTALINA

  Por José Aluísio Botelho CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO DOS CRISTAIS  Em 1892, segundo cronista que visitou a região da Serra dos Cristais, então pertencente a comarca de Santa Luzia, Luziânia, a região era aprazível com um clima comparável ao de Nova Friburgo e Petrópolis no estado do Rio de Janeiro, e para acorriam inúmeras pessoas em busca de cura para seus males, principalmente respiratórios, como, por exemplo, a tuberculose. Em princípios daquele ano, diz o cronista, a localidade contava apenas 18 casas de morada, água em abundância e matas virgens, com a exploração de cristal apresentando boa produtividade. Ainda segundo o nosso cronista, existia na povoação, cinco negociantes de cristal e cerca de duzentos a trezentos garimpeiros por eles sustentados. Na ocasião, visitava o lugar o reverendo padre Zeferino de Abreu Rangel, pároco de Santa Luzia, que a pedido do povo, solicitou ao importante lavrador Manoel Borges um patrimônio a fim de fundar-se na Serra dos Crystaes uma capela sob a

FAZENDAS ANTIGAS DE CRISTALINA

  Por José Aluísio Botelho (publicado originalmente em 28/12/2022) Em 1920, Cristalina, em Goiás, situada no leste goiano, limítrofe com os municípios de Ipameri e Luziânia e na divisa de Minas Gerais, com Paracatu, era um jovem município instalado em 1918.   Na ocasião, o Diretoria-Geral de Estatísticas, criado em 1871 e embrião do nosso IBGE, organizou e realizou um censo geral no Brasil, e dentre os itens pesquisados estavam a catalogação dos estabelecimentos rurais e seus respectivos proprietários. Tudo foi feito de maneira simples, sem se ater as extensões das fazendas, assim como não se pesquisou sobre as principais atividades nelas desenvolvidas. No caso específico de Cristalina, evidencia-se que o número de propriedades era pequeno se comparado com a extensão da comarca, o que sinaliza serem elas, na maioria, grandes latifúndios. Foram listados 110 fazendeiros, sendo que um bom número aparecem como condôminos, ou seja, donos de partes em fazendas ainda indivisas. Muitos destes

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DE CRISTALINA, GOIÁS

   Por José Aluísio Botelho (Publicado originalmente em 08/11/2022) Breve histórico da região  Este breve ensaio pretende fornecer subsídios para que se possa contar a história de Cristalina. Para isso, r ecorremos a dois personagens que estiveram nos sopés da Serra dos Cristais em diferentes épocas: ao primeiro, o naturalista austríaco Johann Emanuel Pohl, que em sua viagem pelo Brasil, lá esteve em 1818. Diz ele: "Por diversas vezes ouvi comentar em Paracatu acerca da riqueza da Serra dos Cristais com cristais amarelos e brancos de grandeza incomum". Vindo de Paracatu, atravessou o rio São Marcos, e os ribeirões São Firmino e Lajes até seu destino, onde encontrou o capitão Lima, de Mato Grosso, que lá morava com a mulher e um diarista e explorava uma grande mina ao ar livre e era o único a se aventurar no garimpo do mineral. Relata ainda o naturalista Pohl que existiam outras duas minas, menos importantes: uma ao norte, chamada São Pedro e a outra, insignificante, denominad