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SOBRENOMES ANTIGOS DE CRISTALINA

  Por José Aluísio Botelho A migração interna de Paracatu para a margem direita do rio São Marcos, correspondente a antiga província de Goiás, se dava principalmente, na região do São Pedro, pela Estrada Real de Goiás, bem como através do Porto de “Faustino Lemos”, localizado, grosso modo, na altura da foz do ribeirão São Firmino do lado goiano. Algumas famílias de Cristalina descende deste exímio canoeiro que viveu na primeira metade do século dezenove. Sobre ele: fruto da miscigenação do homem branco, negro e indígena, Faustino Lemos do Prado viveu na região ribeirinha do São Marcos. Seu trabalho para o sustento da família consistia em, diuturnamente, fazer a travessia dos transeuntes que desejavam passar de Minas para Goiás e vice-versa, utilizando suas canoas, surgindo, posteriormente, o porto de passagem que eternizou seu nome. Faustino Lemos do Prado foi casado com Balbina Severino Botelho, com descendência que certamente habitaram o lado goiano do rio São Marcos. A divisão da

FAZENDAS ANTIGAS DE CRISTALINA

  Por José Aluísio Botelho (publicado originalmente em 28/12/2022) Em 1920, Cristalina, em Goiás, situada no leste goiano, limítrofe com os municípios de Ipameri e Luziânia e na divisa de Minas Gerais, com Paracatu, era um jovem município instalado em 1918.   Na ocasião, o Diretoria-Geral de Estatísticas, criado em 1871 e embrião do nosso IBGE, organizou e realizou um censo geral no Brasil, e dentre os itens pesquisados estavam a catalogação dos estabelecimentos rurais e seus respectivos proprietários. Tudo foi feito de maneira simples, sem se ater as extensões das fazendas, assim como não se pesquisou sobre as principais atividades nelas desenvolvidas. No caso específico de Cristalina, evidencia-se que o número de propriedades era pequeno se comparado com a extensão da comarca, o que sinaliza serem elas, na maioria, grandes latifúndios. Foram listados 110 fazendeiros, sendo que um bom número aparecem como condôminos, ou seja, donos de partes em fazendas ainda indivisas. Muitos destes

FAMÍLIAS CRISTALINENSES: BATISTA DOS SANTOS, RESENDE, AGUIAR, AFONSECA E RAMOS CABRAL

  Por José Aluísio Botelho (Publicado originalmente em 05/12/2022) NOTAS GENEALÓGICAS  A partir do desbravamento da capitania de Minas Gerais pelos bandeirantes paulistas e as descobertas das zonas ricas em minério no território, surgiram as chamadas rotas da mineração, vindas da Bahia, principalmente Rio das Contas e Cachoeira, ricas em diamantes, de São Paulo pelo rio Grande e do Rio de Janeiro pelo caminho Novo, bem como outras de menor importância. As rotas originárias do chamado distrito diamantino, cujo epicentro se localizava no Tejuco, hoje Diamantina, Serro do Frio ou Vila do Príncipe, atual cidade do Serro e seus distritos minerais satélites, correram em direção ao noroeste – Paracatu, e para o sertão da Farinha Podre, notadamente, para as regiões auríferas do Desemboque. Pois bem, em meados do século dezenove, o francês Raimundo Henrique Des Genettes, mais tarde padre Des Genettes, descobre um veio de diamantes no rio Bagagem, localizado no Alto Paranaíba. A notícia transcor